Carpini explica decisões criticadas no São Paulo e justifica gesto para a torcida

O São Paulo esteve à beira da eliminação no Campeonato Paulista neste domingo. Um pênalti marcado no último lance convertido por Lucas Moura evitou o pior. Apontado com o principal culpado pelo sufoco, o técnico Thiago Carpini explicou a decisão de reforçar o sistema defensivo na parte final do jogo com o rebaixado Ituano, pela última rodada da fase de grupos do Estadual.

“Optei por fortalecer o sistema defensivo e fazer um jogo seguro, o que encaminharia um final mais tranquilo, que era como se apresentava a partida no segundo tempo. A ideia era proteger a nossa entrada de área. Há controvérsias, porque vão associar os três zagueiros ao gol, mas penso e vejo de maneira diferente. Foram mais falhas de tomadas de decisão na sequência desse lance, mas são situações que podem ser melhoradas sempre”, disse Carpini.

O treinador, apesar de argumentar, disse que entende as críticas e aprende com os erros. Carpini deixou nas entrelinhas que os prejuízos causados pela arbitragem em determinados jogos, como o clássico com o Palmeiras, foram os responsáveis pelo susto levado pelo São Paulo em Itu.

“Em um panorama de reinvenção individual e coletiva, o sufoco se deu por estarmos em uma chave complicada, com duas outras grandes equipes. São as circunstâncias que nos levaram a essa situação. Poderíamos estar já classificados hoje, vocês sabem do que estou falando. Vejo um saldo muito positivo”, afirmou o técnico.

Carpini também avaliou a jornada no comando tricolor até aqui e apontou a troca de treinador e até mesmo os títulos como um empecilho para o São Paulo continuar com boas atuações. “A campanha foi satisfatória. A gente herda um trabalho vitorioso, mas que não deixa de ser de reconstrução. O sucesso depois do sucesso é muito difícil. É natural uma zona de conforto e, às vezes, atrapalham um processo. Perdemos atletas importantes para esse ano, outros por lesão. Estamos implementando ideias novas.”

Por fim, Carpini explicou gestos direcionados às arquibancadas após o gol que deu a vitória ao São Paulo no Estádio Novelli Júnior. O técnico colocou as mãos nas orelhas, indicando querer ouvir os gritos que vinham do público. O comandante disse que pessoas conhecidas por ele, com quem tem inimizades, o estavam provocando ao longo de todo o jogo.

“Respeito muito o Ituano, conheço e respeito quem trabalha aqui. De maneira nenhuma quis desrespeitar o clube e os profissionais. Não vou entrar no mérito da questão, mas havia três ou quatro pessoas no alambrado que eu conheço e são desafetos que a vida nos dá. Quando você está em um estádio pequeno e desde o começo ouvi ofensas de cunho pessoal com o nome dos meus filhos e mulher. Essas pessoas sabem quem são. Foi uma resposta de 90 minutos de coisas muito pessoais e pesadas. O erro foi ter me desequilibrado e ter respondido, mas a gente tem limite e não arrependo”, afirmou Carpini.

O São Paulo agora se prepara para o duelo das quartas de final do Paulistão, no MorumBis, com o Novorizontino. Ainda não há data para o confronto, que deve ser agendado para o próximo fim de semana. A Federação Paulista de Futebol (FPF) é a responsável por marcar as datas e horários, em parceria com as detentoras dos direitos de transmissão.

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