Câncer de pulmão é o quarto tipo mais frequente no Brasil

Agosto é considerado o mês da conscientização do câncer de pulmão, quarto tipo mais comum no Brasil e primeiro tipo que mais mata pessoas no país. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que 2023 terá, aproximadamente, 30 mil novos casos, com discreto predomínio no sexo masculino e com a faixa etária mais comum aos 60 anos de idade.

O câncer de pulmão é uma doença maligna que se origina nas células dos pulmões. Ele é causado por um crescimento descontrolado e anormal das células pulmonares, que pode se espalhar para outras partes do corpo, causando danos e interferindo nas funções normais do órgão afetado. Dados do INCA revelaram, aproximadamente, 31.330 óbitos relacionados a esse tipo de câncer durante o ano passado.

De acordo com o Dr. Fábio Feio, oncologista do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), há um fator de risco para a doença: “O principal fator de risco relacionado ao câncer de pulmão é o tabagismo, que está presente em 80 a 85% dos casos”, comenta. Ainda, o médico afirma que a expectativa de vida é baixa, mesmo em estágios precoces, que são os casos de pacientes candidatos à cirurgia, a sobrevida fica em torno de 50 a 60%, em cinco anos.

O hábito de fumar expõe o corpo a uma variedade de substâncias químicas tóxicas e carcinogênicas. Essas substâncias podem causar danos às células dos pulmões e levar a mutações genéticas, que podem, eventualmente, levar ao crescimento descontrolado de células cancerosas. Além disso, o tabagismo está associado a uma série de outras doenças graves, como doenças cardíacas, doenças pulmonares crônicas e diversos tipos de câncer em outras partes do corpo.

Segundo o oncologista, a estimativa é de que o câncer de pulmão faz pouco mais de 2 milhões de casos por ano no mundo todo e é a principal causa de morte relacionada a câncer no mundo, com mais de 1 milhão de mortes por ano. Além do tabagismo, a exposição a poluentes do ar, radônio, amianto, produtos químicos industriais e outros agentes carcinogênicos também podem aumentar o risco.

“Pela sua alta incidência e potencial de letalidade, é fundamental a prevenção de fatores de riscos relacionados a essa doença. Sendo a principal estratégia mais aceita no combate e prevenção da doença, campanhas de combate ao hábito de fumar e que inibam as consequências do tabagismo em fumantes ativos e passivos, aliadas a tomografias de tórax, a partir dos 50 anos em fumantes”, afirma o Dr. Fábio.

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