Brasil, com Endrick na vaga de Vini Jr, pega Uruguai de olho na semifinal da Copa América

A seleção brasileira encara o Uruguai, neste sábado, às 22h (horário de Brasília), pelas quartas de final da Copa América. O adversário mais difícil, em comparação com o Panamá, que era a outra possibilidade, é consequência do desempenho ruim na primeira fase, com dois empates e uma vitória. Sem Vinicius Júnior, suspenso, Dorival escolheu Endrick para começar o jogo, no Allegiant Stadium, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Logo após o empate contra a Colômbia, o atacante Raphinha mostrou tranquilidade ao saber que o adversário seria a seleção uruguaia. “Não temos que ficar preocupados com os próximos jogos. Quem quer ser campeão não pode escolher adversário”, falou. A seleção brasileira não é tida como favorita e fica atrás de Argentina e o próprio Uruguai entre os candidatos ao título.

Uma das polêmicas desta Copa América é o tamanho reduzido dos gramados. Agora, o Brasil voltará a um estádio que já esteve no calendário da equipe. Foi no Allegiant Stadium que os brasileiros golearam o Paraguai por 4 a 1, na segunda rodada da fase de grupos. Novamente, os termômetros ultrapassam os 40 graus. No estádio, porém, há cobertura e um sistema de climatização.

Foi neste jogo que Dorival trocou Raphinha por Savinho e Guilherme Arana por Wendell – além do desencanto de Vinicius Júnior, que marcou duas vezes. Agora, o camisa 7 não pode jogar, por ter recebido dois amarelos na fase anterior. Na sexta-feira, 5, o técnico brasileiro confirmou que Endrick assume a titularidade.

“Perdemos um jogador importante, mas ganhamos um jogador que vem despontando, buscando uma oportunidade. Quem sabe seja aí o momento do Endrick”, disse Dorival Jr, em entrevista coletiva.

Dentre as opções, estavam também Savinho, mas com manutenção de Raphinha, Gabriel Martinelli, Pepê e Evanilson. Este último mudaria o aspecto do time, com uma referência no ataque. Para o treinador, isso não acontece com o jogador de 17 anos.

“O Endrick não é especificamente um 9, que joga fixo, prefere um pivô. Ele é um jogador que flutua, se movimenta. Realmente, nas minhas últimas equipes, sempre tive um centroavante de origem, mas tenho que respeitar as características dos jogadores que convocamos”, afirmou. “Por isso que falei, para não nos precipitarmos em relação ao Endrick. No momento certo, haveria a possibilidade.”

Andreas Pereira já havia comentado sobre a ausência de Vini Jr, ainda antes do anúncio de que o camisa 9 assumiria seu lugar. “Para ganhar, vamos ter que atropelar (o Uruguai) e fazer tudo nesse sentido para vencer. Estamos nos preparando para jogar de acordo com quem entra. A gente tem formas de jogar com falso 9, ou com dois 9 fixos. O Uruguai é qualificado, mas nosso meio-campo é muito bom também.” O Uruguai tem o melhor ataque da Copa América, com nove gols marcados.

Independentemente da escalação, o grupo de jogadores entende que precisa mudar a postura em campo. Alisson, um dos mais experientes do elenco, sintetizou esse pensamento. “Queríamos classificar em primeiro. A classificação veio e é o mais importante. Agora começa o mata-mata e precisamos ligar uma chave diferente.”

No Uruguai, apenas o atacante Darwin Núñez e o meia Maxi Araújo marcaram mais de uma vez, com dois gols cada. O primeiro tem assumido o lugar de centroavante, aos poucos deixado por Luis Suárez. Aos 37 anos, o veterano do Inter Miami já assumiu o posto de reserva na equipe de Marcelo Bielsa.

FICHA TÉCNICA

URUGUAI X BRASIL

URUGUAI – Rochet; Nandéz, Ronald Araújo, Olivera e Vinã; Ugarte, Valverde e De La Cruz; Pellistri, Darwin Núñez e Maxi Araújo. Técnico: Marcelo Bielsa.

BRASIL – Alisson; Danilo, Militão, Marquinhos e Wendell; João Gomes, Bruno Guimarães e Paquetá; Raphinha, Endrick e Rodrygo. Técnico: Dorival Júnior.

ÁRBITRO – Dario Herrera (ARG).

HORÁRIO – 22h (horário de Brasília).

LOCAL – Allegiant Stadium, Las Vegas (Estados Unidos).

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