SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bill Gates, bilionário cofundador da Microsoft, reuniu-se recentemente com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir os desafios da saúde pública e outros assuntos em um jantar que durou três horas.
Em entrevista ao Wall Street Journal, o empresário disse que o encontro foi “intrigrante” e envolveu assuntos relacionados ao trabalho filantrópico da Fundação Gates, como os esforços para desenvolver uma cura para o HIV e erradicar a poliomielite.
“Nos dias da Covid, ele acelerou a inovação das vacinas”, disse Gates ao WSJ. “Então, eu estava perguntando a ele se talvez o mesmo tipo de coisa pudesse ser feito nesse caso, e ambos ficamos, eu acredito, bastante animados com isso.”
A reunião também teve a participação de Susie Wiles, futura chefe de gabinete da Casa Branca, mas não a do bilionário Elon Musk, de acordo com o ex-CEO da dona do Windows.
Segundo publicação de Trump feita no final de dezembro no Truth Social, o convite partiu do próprio Gates.
“Bill Gates pediu para vir aqui hoje à noite. Sentimos falta sua e do X! A véspera do Ano Novo será incrível!!!”, escreveu.
Como outras figuras proeminentes da tecnologia, Gates foi crítico a Trump no passado, principalmente pela forma como seu primeiro mandato lidou com a pandemia de Covid-19.
O empresário, contudo, parabenizou o político publicamente pela sua vitória eleitoral em 5 de novembro, e disse que esperava que ambos pudessem trabalhar juntos.
Outros CEOs de grandes empresas do setor, como Mark Zuckerberg, da Meta, e Jeff Bezos, da Amazon, também se reuniram recentemente com Trump. Além dessas companhias, Microsoft, Google, Uber, OpenAI e o CEO da Apple, Tim Cook, doaram para o fundo da posse do presidente eleito, que acontece na próxima segunda-feira (20).
O movimento faz parte de uma tentativa do setor de melhorar as relações com o republicano. Várias empresas extinguiram ou afrouxaram políticas de diversidade com a nova pressão conservadora.
A Meta recentemente anunciou que reverteria sua política de moderação de conteúdo feita por terceiros, adotando modelo semelhante ao do X, de Elon Musk. A medida foi bem recebida por Trump e seus apoiadores, que viam no modelo anterior uma forma de censura a posições conservadoras.