“Até o momento há duas vítimas no distrito de Solomyansky. Ambas receberam assistência médica no local”, escreveu o autarca da capital ucraniana, na plataforma de mensagens Telegram.
Vitali Klitschko disse que um prédio de apartamentos neste distrito foi danificado pela queda de destroços de drones (aparelhos aéreos não tripulados) e que as equipas de resgate ainda estavam a trabalhar para tentar retirar duas mulheres dos escombros.
Vários incêndios foram registados em Solomyansky, incluindo num jardim de infância, acrescentou o autarca de Kyiv. Destroços de drones abatidos pela defesa antiaérea ucraniana também caíram no distrito de Pechersky.
As autoridades da capital ucraniana não forneceram uma estimativa do número de drones utilizados no ataque russo, mas garantiram que se trataram de aparelhos Shahed, fabricados pelo Irã.
Os alarmes aéreos também soaram esta madrugada em outras regiões da Ucrânia, como Cherkasy, Chernigov, Sumy, Kharkov, Poltava, Dnipro, Mikolaiv, Kirovohrad e Kherson, de acordo com a agência de notícias ucraniana Unian.
Na sexta-feira, a Rússia bombardeou 120 cidades habitadas nas regiões fronteiriças ou perto da frente em Chernigiv, Sumi, Kharkiv, Lugansk, Donetsk, Zaporijia, Dnipropetrovsk e Kherson, informou o Estado-Maior ucraniano.
A mesma fonte indicou que Kyiv evitou na sexta-feira 11 ataques russos no sul de Bakhmut, 20 em Avdivka e 14 em Marinka, localidades localizadas na região leste de Donetsk.
Em Kupiansk, na região nordeste de Kharkiv, a Ucrânia diz ter repelido três ataques russos.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
O conflito prossegue com combates sangrentos na região leste, onde as forças de Moscou desenvolvem ataques massivos em Kupiansk, Marinka e Avdiivka, enquanto as tropas de Kiev vão repelindo estas investidas e tentando progredir na região sul, nas frentes de Zaporijia e Kherson.
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