Ataque a faca em Israel deixa 2 mortos e 2 feridos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um ataque a faca em Holon, cidade a cerca de meia hora de carro de Tel Aviv, deixou dois mortos e dois feridos neste domingo (4), afirmaram serviços de emergência locais. O suspeito, um palestino que morava na Cisjordânia ocupada por Israel, foi morto a tiros pela polícia, segundo a corporação.

 

O atentado ocorreu durante a manhã e as vítimas estavam em três pontos diferentes, perto de um posto de gasolina e de um parque, a quase 500 metros de distância, segundo o serviço de resgate de Israel. A polícia afirmou que havia reforçado a patrulha na região e estava fazendo buscas com um helicóptero.

Após o ataque, as vítimas foram levadas ao hospital, e duas delas, que estavam em estado grave, morreram. Segundo a imprensa israelense, era um casal formado por uma mulher de 66 anos e um homem de 80. Além deles, um homem de 68 anos ficou gravemente ferido e outro de 26 anos está estável, segundo o serviço de emergência.

O suspeito também foi levado ao hospital, mas estava em estado crítico e não resistiu aos ferimentos, segundo o centro médico Shamir, em Holon.
O ataque acontece em um momento de grande tensão no Oriente Médio após o anúncio de mortes de líderes do Hamas, com quem Israel está em guerra na Faixa de Gaza há quase dez meses, e de membros de facções aliadas do grupo palestino.

Na terça-feira (30), Israel matou em Beirute o comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr; na quarta (31), o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, morreu um ataque em Teerã que não foi reivindicado por Tel Aviv. No dia seguinte, Israel anunciou que um dos líderes do braço militar do Hamas, Mohammed Deif, foi morto em um bombardeio em Gaza em julho.

Muitas dessas mortes têm o potencial de abrir novas frentes de guerra e espalhar o combate para outras partes da região. Na quinta, por exemplo, milhares de pessoas reunidas para o funeral de Haniyeh em Teerã pediram vingança. O Irã, que atualmente é o maior inimigo de Tel Aviv entre os países da região, já atacou diretamente Israel desde o início da guerra.

Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional e um dos políticos mais extremistas do governo mais à direita da história de Israel, visitou o local do ataque. “Nossa guerra não é apenas contra o Irã, mas também aqui nas ruas, e esta é exatamente a razão pela qual armamos a população israelense com mais de 150 mil licenças de armas”, disse ele à imprensa.

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