António Oliveira responde sofre seu futuro no Corinthians: ‘Vocês querem sangue’

Depois de mais uma derrota, António Oliveira evitou falar sobre seu futuro no Corinthians e se esquivou das perguntas sobre o assunto. O treinador corre risco de demissão já há algum tempo e esse risco aumentou com o revés por 2 a 0 para o Palmeiras, nesta segunda-feira, no Allianz Parque, em dérbi válido pela 13ª rodada do Brasileirão.

“Não quero entrar nisso”, limitou-se a dizer. “Não me convidem para esse circo. Percebo que é o que vende, que querem sangue. Não sou administrador, sou treinador de futebol.”

O técnico afirmou que a culpa pelos resultados ruins em sequência é de todos. “Todos nós somos responsáveis, sabemos que fomos os escolhidos para atravessar esse caminho, mas com uma convicção enorme que vamos alcançar nossos objetivos.”

A série de nove partidas sem triunfar afundou o Corinthians na zona de rebaixamento, incapaz de se reerguer no momento. A campanha, com nove pontos e apenas uma vitória em 13 jogos, é a segunda pior da competição. Apenas o lanterna Fluminense pontuou menos (seis) até o momento. São 34 dias sem vencer em todas as competições e 64 somente no Brasileirão.

“Tenho convicção, certeza, não é teimosia, que o Corinthians vai atingir os seus objetivos”, acredita o confiante comandante alvinegro. Segundo ele, é cedo para pensar em rebaixamento e o momento é ruim, mas não desesperador. “De 13 (rodadas) para 38 ainda faltam muitos pontos. Vocês estão a olhar outros objetivos. Impacta muito o Corinthians na zona do rebaixamento.”

O português afirmou que compreende e respeita a insatisfação do torcedor. “Sinto o sofrimento dos torcedores”, declarou. Segundo eles, é difícil explicar por que o time não tem conseguido sair de campo com os três pontos. “A equipe não tem conseguido o objetivo por uma razão ou outra.”

Ele não quis responder sobre o que deu errado para seu time no Allianz Parque. Limitou-se a falar que foi a bola parada que definiu a partida a favor do Palmeiras, com um gol de falta de Raphael Veiga e outro de cabeça de Vitor Reis após cobrança de escanteio. “A nossa estratégia foi seguida. Vocês viram no primeiro tempo. A equipe foi exigente e rigorosa principalmente no primeiro tempo”, analisou o treinador, que afirmou que nunca havia visto um gol como o primeiro do Palmeiras.

No lance, Veiga cobra a falta e a bola desvia na cabeça de Fabinho, que estava abaixado. “Sofremos um gol fortuito do adversário. Algo que nunca tinha visto no futebol mundial. O resultado, na minha visão, não mostra o que foram os 90 minutos.”

Já o zagueiro Gustavo Henrique afirmou que tem faltado “coragem pra jogar” ao Corinthians. “A gente consegue criar jogadas, mas não tão claras. É paciência para trabalhar a bola, queremos definir muito rápido. Temos que ter mais tranquilidade e coragem para jogar lá de trás para que a gente consiga dar a resposta.”

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