Alta de casos de dengue e chikungunya provoca falta de sangue em hospital de MG

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Um dos principais hospitais do Vale do Aço, em Minas Gerais, enfrenta falta de sangue para pacientes que precisam de transfusões em decorrência do aumento de casos de dengue e chikungunya na região.

O HMC (Hospital Márcio Cunha), que fica em Ipatinga, a 215 km de Belo Horizonte, fez pedido de doações pelas redes sociais. O hospital atende uma região com aproximadamente 800 mil moradores, onde estão localizadas cidades como Coronel Fabriciano e Timóteo.

A transfusão é utilizada quando há redução no nível de plaquetas dos infectados pelas duas doenças. O hospital é uma fundação e atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por convênios.

“A hemoterapia do HMC enfrenta atualmente, um déficit nos estoques, recebendo apenas cerca de 30 doadores por dia, enquanto a média necessária para a sustentabilidade é de 60 doações diárias”, afirma o hospital, ao justificar o pedido de doações.

“Além do período de férias e do Carnaval que se aproxima, que geralmente causam a diminuição de doadores, a unidade enfrenta uma emergência de saúde pública devido ao cenário crítico de arboviroses, como dengue e chikungunya”, diz a instituição.

No sábado (27), o governo de Minas Gerais decretou estado de emergência para as duas doenças e também para zika, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde publicado na segunda (2) registra 752 casos de dengue e 2.010 de chikungunya. No boletim anterior, de 22 de janeiro, os casos de dengue somavam 252 e os de chikungunya, 755. Ipatinga tem 227 mil habitantes.

Na vizinha Coronel Fabriciano, os casos de dengue em 29 de janeiro totalizaram 119 e os de chikungunya,184. No relatório de 22 de janeiro os números eram de 42 e 24, respectivamente. A cidade tem 104 mil habitantes.

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