RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O início das gravações da série “Cidade de Deus” trouxe nostalgia para Alice Braga, que interpretou a personagem Angélica no filme de Fernando Meirelles e Kátia Lund, de 2002. Sem agenda, ela ficou de fora da nova produção, que vai mostrar a vida dos personagens 20 anos depois, mas diz ter achado incrível a ideia, que está sendo gravada em parceria da Warner Bros. Discovery com a O2 Filmes.
Alice lembra que estava no colegial (o atual Ensino Médio) quando foi chamada para o filme. “Tive as portas abertas”, conta ela, que então não tinha registro de atriz e defende que haja espaço para quem quiser experimentar na área. “Acho importante organizar a profissão, ter leis e sindicatos, mas sou a favor das oportunidades”, avalia. “As pessoas podem se descobrir na arte e também podem ser descobertas. É preciso flexibilidade.”
A atriz está no elenco da minissérie de sete episódios “A Murder at the End of the World”, que estreia em 14 de novembro no canal pago FX nos Estados Unidos. Antes , ela também poderá ser vista no filme “Hipnótico”, que ela protagoniza ao lado de Ben Affleck e chega aos cinemas brasileiros no dia 26 de outubro.
Com uma carreira consolidada em Hollywood, onde participou de filmes como “Os Novos Mutantes” (2020) e “O Esquadrão Suicida” (2021), Alice se antecipa em elogiar a chegada de mais uma brasileira ao mercado americano: Bruna Marquezine. “Só se fala nela por lá, acho ótimo!”, conta.
A colega enaltece a atuação de Marquezine no filme “Besouro Azul”, da DC, e conta não ter se surpreendido com o protagonismo da brasileira logo na primeira produção internacional. “Não me enganei quando a vi tão talentosa ainda pequena”, relembra atriz que torce para que outros atores brasileiros possam quebrar a barreira da língua. “A gente tem que exportar nossos talentos e honrar a nossa arte”, afirma.
Sobrinha de Sonia Braga, ela faz questão de lembrar que a parente famosa foi a primeira brasileira a fazer sucesso no cinema mundial. “Quem abriu as portas foi a minha tia Sonia, insisto nisso”, comenta. “Ela, sim, foi quem desbravou a carreira internacional para as atrizes latino-americanas.”
Aliás, ela conta que sua carreira ter vingado no mercado americano foi algo casual. “Nunca planejei trabalhar fora do Brasil”, afirma. “As portas foram se abrindo, e eu fui entrando.”