O adolescente de 16 anos que confessou ter matado a família em casa, na Zona Oeste de São Paulo, se passou pelo pai em mensagens enviadas à Guarda Municipal (GM) de Jundiaí (SP), onde o homem trabalhava desde 2012.
Isac Tavares Santos, de 57 anos, estava escalado para trabalhar no sábado (18). Como não compareceu ao posto de trabalho, um colega da corporação enviou mensagem pelo WhatsApp, questionando a ausência.
Se passando pelo pai, o adolescente respondeu as mensagens dizendo que Isac estava com problemas de saúde e não poderia trabalhar naquele dia. Na verdade, o pai havia sido morto na sexta-feira (17).
De acordo com o delegado Roberto Afonso, responsável pela investigação, o adolescente relatou que, na sexta-feira (17), após ter o celular e computador retirados pelos pais, decidiu matá-los.
O jovem afirmou que se relacionava bem com a irmã, mas como a mãe chegaria na casa depois de seis horas e ele tinha a intenção de também matá-la, não conseguiria manter a irmã em cativeiro e ela poderia impedir o crime.
Segundo relatou à polícia, primeiro, ele pegou a arma de fogo do pai, usada no trabalho como Guarda Civil de Jundiaí, e atirou contra o agente quando ele estava na cozinha e de costas, por volta das 13h.
A irmã, que estava no primeiro andar da casa, ouviu o disparo e gritou. O adolescente, então, foi até ela e atirou contra seu rosto. A jovem não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O adolescente ainda relatou que foi para a academia após matar o pai e irmã. Ao retornar, esperou pela mãe, que foi assassinada assim que viu os corpos do marido e da filha. O adolescente colocou uma faca no corpo da vítima no dia seguinte.
Ainda de acordo com o delegado Roberto, o adolescente se surpreendeu ao saber pela polícia que seria apreendido. Contudo, não demonstrou arrependimento.
O caso foi registrado como ato infracional por homicídio, feminicídio, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e vilipêndio de cadáver. O adolescente foi apreendido e levado à Fundação Casa.
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